segunda-feira, 15 de abril de 2013
VIDA
Dos veios infinitos do universo
Dos rincões mais puros da eternidade
Surge a vida da matéria e seu reverso
Evoluindo em silente complexidade
Pelas esquinas do cosmo, sua via,
Pulula desde o singular momento
Frágil porem e fugaz, e todavia
É da criação o final coroamento.
Não posso dizer-lhe o sentido profundo
Mal posso senti-la em mim perambulando
Fugindo, excluindo-me do mundo,
Célula a célula, aos poucos me abandonando.
Como um mero brinquedo consumido
Pelos instintivos planos do mais alto
Foi meu corpo aos poucos exaurido
Acontecendo,envelhecendo, em sobressalto
Ao fim de tudo a dúvida se apresenta
Como indagação suprema e angustiosa
Será que com a luz diáfana se apagando.
E depois do último e sofrido alento
Ainda existirá bruxuleando
O sinal diferencial do pensamento?
Postado por Marcos Filgueira.Ver blog(Kairos)
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