quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Jerônimo da Rocha nogueira :família camboa.

         Jerônimo da Rocha Nogueira era filho do décimo segundo filho do Alferes Manuel Nogueira de Lucena,filho de José de Góis Nogueira e de Quitéria Francisca de Oliveira,ambos nascidos no Aracati  Ceara.Foi proprietário,criador no sítio Ausente região de Mossoró,casou-se com Maria Joaquina Guilherme de melo pais de :  
       F-Manuel de  Oliveira Rocha,Não sei com quem se casou.
       F2-João da Rocha Nogueira(João Bangu ),casado com sua prima,Januária Maria Nogueira,filha de Miguel Nogueira de Lucena,de quem surgiu a família Reginaldo Rocha de Mossoró.
      F3-Quitéria da Rocha Nogueira,casada com seu primo,João de Souza Nogueira.

        F4-Esmeraldina da Rocha Nogueira,casada com Joaquim Floriano da Rocha,com vários descendentes.
         F5-Silvana da Rocha Nogueira,casada com Feliciano Carneiro de Freitas com vários descendentes no Apodi (RN).
          Urçula  da Rocha Nogueira,falecida solteira .
         F7-João de Góis Nogueira da Rocha,casado com sua prima,Isabel de Góis Nogueira com os filhos:Rodrigues de Góis Nogueira,Vítor de Góis Nogueira,Lúcio de Góis Nogueira,falecido solteira em 1855,acometido de cólera-morbuas.Segundo Francisco Fausto,seu cadáver foi sepultado numa margem do rio Mossoró no lugar que depois ficou sendo chamado volta da cruz,entre o porto de Santo Antonio e Grossos,.Targino de Góis Nogueira,casado com Isabel da Silveira,com descendentes,dentre eles:Antonio Otoni Soares ,médico,casado com Zilma Falcão.
          F9-Antonio de Góis Nogueira casou-se com Cosma Barbalho de quem são filhos:Francisco Julião de Góis,João Barbosa de Góis,Davi de Góis Nogueira,Targino de Góis Nogueira,Maria de Góis Nogueira,Claudina de Góis Nogueira.
         F10Francisco de Góis Nogueira casou-se com Juliana Maria da Soledade,proprietária do sítio Soledade região de Apodi(RN),de quem  são filhos:João Evangelista Nogueira,Silvano José Nogueira,Francisco de Góis Nogueira,Rufino de Gois Nogueira,,Gaudêncio de Góis Nogueira,Caetana de Góis Nogueira,Joaquina Maria de Góis Nogueira,Maria Querubina da Soledade,casada com Vicente de Andrade Ferreira Souto,de quem nasceram-Manuel de Andrade Ferreira Souto,Maria Amelia de Andrade Souto.
            F11-Maria de Góis Nogueira casou-se com Miguel Barbalho Patilha.
           F12-Bonifácia Quitéria Nogueira,falecida solteira.
         

  

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CORDEL--A CASA QUE A FOME MORA.


egunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cordel - A casa que a fome mora


Por: Antonio Francisco - Cordel 
A casa que a fome mora.


Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão,
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe vi a cor
Da casa que a fome mora:

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmãos dos raios da lua,
Com as costas semi-nuas
Tatuadas de caliça
Pedindo um pão da justiça
Do outro lado da rua.

Vi a gula pendurada
No peito da precisão,
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade,
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela,
O jejum numa janela
Dizendo: aquí ninguém come!
Ouvi os gritos da fome,
Mas, não vi o rosto dela.

Passei a noite acordado
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava
Amolecia e matava
E ninguém matava ela?

No outro dia eu saí
De novo á procura dela,
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada
E perguntei o seu nome.
Respondeu-me: sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade
Deixo o campo moribundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando
Me escondendo e zombando
Dos governantes do mundo.

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pros bolsos dos marajás
E me escondo por tráz
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Da soma dos desperdícios,
Da queima dos artifícios
Que cega a população.

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida,
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do bóia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo.

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas
Nunca vão me encontrar,
Eu vou continuar
Usando meu terno xadrez,
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Da burrice de vocês.

FIM - Autor: Antônio Francisco
Coleção Queima-bucha de Cordel -
Mossoró-RN, Outubro de 2006
Postado por Mariadapaz.com

http://dapazpicui.blogspot.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com