domingo, 23 de janeiro de 2011

Lauro da escossia um descandente da eamilia camboa,Homem de letras refinadas.

REDAÇÃO CLASSIFICADA EM 3º LUGAR NO CONCURSO LITERÁRIO DE REDAÇÃO "JORNALISTA LAURO DA ESCÓCIA(23/05/2006)

Notícia Seção: Ensino Médio
Fonte: Maykon Cleyton Fernandes Montenegro*



Um nome que nunca sairá da história

Era mais um dia ensolarado na cidade potiguar de Mossoró. Em toda as partes da sossegada cidade, o céu se mostrava límpido e radiante, anunciando o começo de mais um dia de tranqüilidade e sol forte para aquecer e animar toda a população local.
Porém, enquanto todos os cidadãos seguiam suas vidas, na região central da cidade aconteceria um fato que mudaria sua concepção...


* * *


No centro da cidade, a fleuma imensa levou o museu Lauro da Escóssia a entrar em um sereno cochilo. Ele sonhou com a época em que ainda era uma simples cadeia, porém foi acordado com uma voz o chamando...
Despertado do seu sono, o museu Lauro da Escóssia, percebeu que a voz que o chamava era na verdade a sua velha companheira Rosa dos Ventos:
- Museu, museu...
- Sim, Rosa, estou acordado, pode falar.
- Ontem estava aqui com meus pensamentos, quando um grupo de garotos chegou e iniciou-se uma conversa. A princípio, achei que eram mais um grupo de jovens conversando, porém depois de observá-los, percebi que não eram apenas jovens. O nível do diálogo era altíssimo e, por isso, passei a acompanhá-los. Até que eles começaram a falar sobre um “Senhor Lauro da Escóssia”. Atribuíram-lhe várias qualidades e devido a tantos elogios fiquei curiosa em saber quem seria esse nobre homem. Então, hoje pela manhã quando os primeiros raios do sol me despertaram, lembrei-me que tu também tens este nome: Lauro da Escóssia!
- Sim, meu nome completo é Museu Municipal Lauro da Escóssia.
- Porque você recebeu o nome dele?
- Lauro da Escóssia dedicou os últimos anos de sua vida a mim. Mas seu nome, ou melhor, meu nome, não parou por aqui, também foi dado a uma das ruas do Abolição IV na década de 80 através de um decreto do então prefeito Dix-huit Rosado em reconhecimento a sua contribuição sociocultural dada a cidade.
- Que bom! Então me diga quem foi esse fantástico homem do qual você recebeu o nome.
- Lauro da Escóssia era filho de João da Escóssia e Noemi Escóssia. Se não me falha a memória ele nasceu em 14 de março de 1905. Tinha um temperamento forte, homem sério, em certos momentos estourava com todos, porem alguns minutos depois já estava sorrindo.
- O que ele fez? Como ficou famoso a ponto dos jovens debaterem sobre sua vida?
- Lauro foi de tudo um pouco. Foi desportista, sendo diretor do Clube Atlético de Mossoró, Humaitá Futebol Clube, e da Associação Mossoroense de Desportos Atléticos. Ele também foi professor primário da rede publica, formado pela Escola Normal e trabalhou 33 anos na área. Fundou a loja Maçônica João da Escóssia, se tornando o primeiro a ocupar o cargo de venerável e também dirigiu a Liga Operaria de Mossoró.
- Nossa, não é a toa que ele é tão popular...
- Ainda tem mais... Foi presidente do Tiro de Guerra e do Centro Regional dos Escoteiros de Mossoró. Integrou o Partido Popular e o Partido Republicano. Também foi secretário das administrações municipais de Padre Mota, Dix-sept Rosado e Jorge Pinto.
- E ele ainda teve tempo pra ser político?!
- Não diretamente. Ele chegou a ser convidado duas vezes para ser candidato a deputado estadual, mas recusou e ficou exercendo indiretamente o cargo de político através do seu jornal.
- E ele tinha até um jornal?
- Sim! Desde os 17 anos ele já escrevia crônicas para jornais como “O Humaitá” e “O esportivo”. Quando chegou a se tornar o diretor de “O mossoroense” em 1946, dedicou toda sua vida ao jornalismo. Chegou a ser correspondente de vários jornais e colaborou com vários outros. Era tão trabalhador que muitas vezes dormia na sede do jornal e ao acordar no dia seguinte ia direto ao mercado para acompanhar as noticias e fazer compras para a sua família.
- Isso sim é que é dedicação ao seu emprego... Ah! Lembrei-me de algo que os jovens comentaram que me deixou intrigada
- O que Rosinha?
- Os jovens falaram que Lauro da Escóssia foi responsável por um do maior furo de reportagem da história do Rio Grande do Norte. Que furo foi esse?
- Ah! O furo! Foi um fato importantíssimo para a historia do jornal “O mossoroense”.
- Ai, diga logo museu! Não me deixe ansiosa!
- Lauro da Escóssia entrevistou aqui mesmo, dentro de mim, o cangaceiro Jararaca que tinha sido gravemente ferido e capturado quando invadiu Mossoró, juntamente com o resto do bando de Lampião.
- Me lembro que os jovens disseram que foi a reportagem de repercussão nacional e que o cangaceiro cedeu a reportagem a Lauro da Escóssia antes mesmo de depor em inquérito policial.
- Sim, isso foi verdade. Jararaca contou muito sobre sua vida de cangaceiro e sobre sua vida pessoal. Se não estou enganado, a manchete da reportagem era a seguinte: “Hunos da nova espécie”.
- O jornal “O Mossoroense” deve ter tido muita prosperidade.
- Com certeza. Porém, nem sempre as coisas se encontravam muito boas.
- Como assim?
- Em 1963, o jornal teve que fechar as portas, pois a situação econômica não permitia “O Mossoroense” de continuar funcionando. Apenas uma pequena gráfica ficou funcionando, e esta era sustentada basicamente por um de seus filhos.
- Que pena. Mas ele nunca mais foi reaberto?
- Claro que foi. Em 1970, suas portas estavam abertas novamente para transmitir as informações e noticias para todos os cidadãos. Entretanto em 1975, o jornal foi vendido à família Rosado. Porem Lauro continuou sendo um colunista de grande repercussão.Ele nunca deixou de ser fiel a suas idéias durante os 30 anos que ficou a frente do seu querido jornal.
- Provavelmente Lauro deve ter sido um grande escritor. Ele chegou a escrever algum livro?
- Sim, vários livros. Em 1978 publicou o livro “As dez Gerações da Família Gamboa”. Nesse livro ele relatou as origens da família Gamboa baseada na historia dos descendestes do patriarca da família Alferes Manuel Nogueira de Lucena. O seu segundo livro “Memórias de um jornalista de província”, publicado no ano de 1981 fala sobre sua vida como fundador de varias entidades esportiva e narra fatos como a chegada do primeiro carro e avião na nossa cidade, alem de relatar o ataque do bando de Lampião. Em 1982 foi lançado “Futebol da gente” comentando os fatos históricos do esporte em Mossoró. No ano de 1983, dois livros foram lançados por ele: “Cronologias Mossoroenses”, onde foi feita uma síntese sobre a historia de Mossoró e “Desfolhando a Saúde” onde Lauro da Escóssia reuniu textos de sua irmã Maria Escossilda.
- Ele era um homem bem atarefado. Também muito determinado. Realmente Lauro da Escóssia merece a fama que o procede. Ele chegou a lançar outros livros?
- Chegou. Em 1986 Lauro lançou a sua penúltima obra literária, “Anedotas do Padre Mota - Vultos Populares e Outras Coisas de Mossoró...”. Esse livro foi dividido em três partes: a primeira reúne contos e piadas produzidas pelo ex-prefeito e vigário da Diocese de Mossoró, Padre Mota. Na segunda parte ele faz relatou às histórias populares com que conviveu e na terceira parte do livro encontram-se crônicas sobre a cidade de Mossoró. Finalmente em 1988 lançou seu ultimo livro, “A Maçonaria em Mossoró”, que fala da historia da instituição desde os tempos primórdios na cidade.
- Lauro tinha uma vida social muito corrida. Coitada da família dele!
- Por que “coitada da família dele”?
- Ora, com tudo isso, ele não tinha tempo pra eles...
- Claro que tinha! O relacionamento com seus filhos era maravilhoso, e este se repetiu com os netos. Lauro era tão querido pelos netos, que estes o chamava de “vôzinho”.
- Sua família era grande?
- Era muito grande. Lauro foi casado duas vezes. Seu primeiro casamento foi com Dolora Azevedo de Couto Escóssia e teve oito filhos com ela.
- Já sei que eles se separaram porque ele não tinha tempo pra ela. Bem que eu já sabia!
- Nada disso!Depois de certo tempo casados, Dolora faleceu.
- Ah! Que pena... Mas e seu segundo casamento? Com quem foi?
- Lourdes Alves da Escóssia. Esse segundo casamento não resultou em filhos, apesar de Lauro ter adotado os filhos de Lourdes. Se manteve até uns 18 anos atrás quando a morte o levou.
- E como é que você sabe tudo isso sobre ele?
- Algum tempo antes de Lauro falecer ele disse aqui mesmo: “Sei que vocês vão me enterrar, mas a minha alma vai ficar aqui dentro”.
- Ahhhhhhhh! Quer dizer que você é Lauro da Escóssia?!
- Não personificado, mas sei que sua alma está em mim!

Dito isto, o repórter de um jornal conceituado da cidade que estava ao lado registrando tudo, correu para a sede de seu jornal e publicou o diálogo, e o enviou para todos os jornais do país, achando ele que todos deveriam saber do nome que fez uma história tão fascinante. E a exemplo para os jovens do país, foi-se criado o Prêmio Cultural Lauro Da Escóssia, que seria entregue uma vez ao ano a alguém que como nosso belo escritor, poeta, político, jornalista, contribuiu de alguma forma para a cultura de uma cidade. (sic)



Maykon Cleyton Fernandes Montenegro - Aluno da 1ª série III do CDSL.

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3 comentários:

Grismarim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Grismarim disse...

Parabéns pelo seu trabalho, tenho lido seu blog e conhecendo um pouco mais sobre minhas origens, estou na oitava linhagem do Alferes Manuel Nogueira de Lucena.
Eliane

Família Escóssia disse...

Grismarim, que prazer encontrar seu blog. Adorando mesmo. Muito obrigada pela defer~encia a meu avô Lauro da Escóssia

Florina da Escóssia