sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O VERDE COLIBRI E A FLOR DO MARACUJAZEIRO

Pesquisadores: Antonio Oliveira, Dr. Archimedes Marques e Guilherme Machado
Há anos não escrevia uma crônica. Na década de SETENTA escrevi e publiquei em alguns jornais, crônicas e artigos. Mas contava com a tutela do Juiz de Menores Doutor Edmundo Benevides Azevedo, de saudosa memória, de quem eu era seu assessor (não oficial), mas nas palestras sobre drogas entorpecentes na Cidade do Salvador. 

Tenho a impressão que após a morte do meu amigo, Juiz Benevides, minha inspiração e motivação foram ofuscadas, logo que eu era levado por ele aos jornais para a impressão das matérias. Mas, que tem o COLIBRI de hoje com quase quatro décadas passadas? Parece até saudosismo. Pode ser!


É que naquela ocasião -, solteiro ainda e, morando sozinho; depois de uma jornada de trabalho cansativa no plantão de fim de semana no Juizado de Menores, deitei-me numa rede no meu minúsculo quintal de fundo de casa, ouvindo o gorjear dos pássaros por entre os ramos das árvores da chácara vizinha; dormir de verdade e comecei a sonhar com um mundo melhor; com um povo alegre e feliz. Mas, toda aquela alegria que eu sentia no sonho, era reflexo do canto dos passarinhos que me fizeram dormir. Quando acordei, o sol havia ido embora; os pássaros certamente já dormiam e a alegria sentida no sonho não mais existia. Agora evocava apenas as ocorrências que havia deixado escritas na velha máquina de escrever num plantão extenuante na velha capital da Bahia de Todos os Santos.

Fonte: Site de imagens

Não sou cronista nem poeta, mas às vezes a NATUREZA – criação DIVINA, nos surpreende em certos momentos, diria até -, de transitória solidão e nos transporta para um passado remoto, ou um episódio arquivado no inconsciente, e agora viria à tona com a presença de um segundo episódio onde nele continha semelhanças do primeiro.

O passado foi aquele da década de SETENTA que mencionei. Agora, eis a crônica do momento.

Numa tardezinha de aproximadamente dez dias, estava realizando uma pesquisa na Internet. A mente já cansada, tanto quanto naquela ocasião em que os pássaros cantavam pra mim no pomar do vizinho quando de retorno do plantão do Juizado de Menores; sentado como estava ao computador, observei pelo vidro da janela um belo colibri de penas verdes reluzentes sugando o néctar de uma única flor de Maracujazeiro que havia no ramo da planta do meu quintal. Parei a digitalização e apliquei a atenção no desempenho daquele minúsculo animalzinho que desempenhava sua tarefa com perfeita dedicação e, talvez, necessidade.

Pinterest

Trabalho realizado, cantando para mim como estivesse me pedindo que não destruísse aquela plantinha na qual a única flor ali existente estava servindo de alimento para ele, levantou voo com a mesma agilidade da função que ora estava executando, deixando para mim a difícil decisão de arrancar, ou deixar sobreviver o maracujazeiro quase improdutivo que abriga um tipo de formiga tão pequena que não vemos; apenas sentimos a dor da ferroada.

E, sabe de uma? Armei a rede bem próximo à flor do maracujazeiro; fiquei meditando se era uma mensagem que o beija-flor estava me transmitindo. Trinta minutos após, o bichinho retornou exercitando o mesmo “ritual”, ainda que, estando eu ali ao lado. Aí foi que me deixou intrigado! Por que aquela segunda visita em tão rápido espaço de tempo?

Como não pude entender o “recado” trazido pelo colibri, decidi não arrancar a minha quase improdutiva planta. Aquela flor produziu um fruto que agora você poderá observar ao lado deste modesto texto. SÃO AS COISAS DA VIDA!

Autor: Antonio Oliveira
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=255181801536389&set=a.210406402680596.1073741827.100011337136149&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

terça-feira, 3 de maio de 2016

jJosé Augustinho Filguueira-Família Camboa.




IGURAS MOSSOROENSES Nº 112
José Agostinho Filgueira.
José Agostinho Filgueira, mais conhecido como Zeagostinho foi um grande empresário mossoroense, tendo nascido no dia 08 de agosto de 1936; filho de Raymundo Justino Filgueira e Anna Maria da Mota Filgueira. Seus estudos foram cursados no Colégio Diocesano Santa Luzia, posteriormente, passou a estudar em Natal-RN, onde morou na Casa do Estudante, daquela capital. Mas em seguida abandou os estudos e foi para São Paulo, onde permaneceu até 1956. Quando chegou à sua cidade natal foi trabalhar com seu pai, na função de motorista de um misto, onde fazia a linha Mossoró/Areia Branca.
Em 1959, seu Agostinho resolveu trabalhar por conta própria, quando comprou um caminhão usado. Ele fundou em 1961, sua própria empresa a J. Agostinho, na qual viajava para Recife, onde foi representante da Transportadora Norte Riograndense até 1972. Depois seus amigos, que também eram seus clientes, incentivaram a abrir uma empresa, foi a partir daí que nasceu a Zeagostinho Transporte, em 03 de março de 1972, juntamente com sua esposa Salete. Como sempre com muita dificuldade iniciou entre Mossoró/Recife, mas seu sonho era abrir uma filial em São Paulo. Assim ele conseguiu, pois o intuito era transportar Du sudeste para seu Estado do Rio Grande do Norte, sendo que a matriz ficava em Mossoró e uma filial em São Paulo. Posteriormente abriu mais filiais em algumas cidades do Brasil.
Foi um grande trabalhador e honesto, nunca perdeu a disposição para trabalhar. Em 1974 entrou no Rotary Clube de Mossoró, onde foi presidente por duas vezes. Era casado com dona Antônia Salete de Sousa Filgueira e desse enlace nasceram dois filhos. No dia 21 de dezembro de 2008 sofreu um grave acidente automobilístico, até que veio a falecer. Pela sua obstinação e persistência em mais de 50 anos de dedicação ao setor, deixou um legado de bravura e uma estrutura logística que orgulha a todos que com ele conviveram. Gravou seu nome na história de nossa cidade como maior empresário do ramo de transportes.
Em sua homenagem a Câmara Municipal de Mossoró, através da Lei Nº 2.637 de 22 de junho de 2010 denomin


ou um 

a Avenida com seu nome, localizada no bairro Itapetinga.       Fonte de pesquisa:Grupo relembrando Mossoró

e

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sfarad e Lucena-JUDEUS.


الله يكون مدح
ANÁLISE HISTÓRICA DE SEFARAD E DOS JUDEUS DA FAMÍLIA LUCENA, ORIGEM E NOBREZA:
Referência Bíblica de Sefarad:
"E os cativos deste exército, dos filhos de Israel, possuirão os cananeus, até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarad, possuirão as cidades do sul. (Obadias 1:20)".
HISTÓRIA DE SEFARAD
SEFARAD (no alfabeto hebraico ספרד) é o nome hebraico medieval dado à Península Ibérica, incluindo Espanha e Portugal.
Originalmente a localização da Serafad bíblica e mishnaica se perdeu. No hebraico medieval Sefarad passou inicialmente a referir-se a região de Al-Andalus, ou seja, aos estados Taifas do Califado de Córdoba.
A região foi um baluarte de resistência aos ensinamentos místicos, trazidos pelos judeus franco-alemães, conhecido como Cabala. Estes ensinamentos eram já difundidos entre outros judeus franco-provençais.
Sefarad compreendia a maior parte da atual Espanha e Portugal. Os sábios desta região, assim como seus habitantes, ao assinar, colocavam, «sefardi» depois de seus respectivos nomes. O mesmo não se dava com as pessoas de outras regiões como Catalunha, Aragão, Galiza.
Após a Reconquista, unificação espanhola e a expulsão dos judeus Ibéricos, o termo Sefarad passou a ser usado para todas as regiões da península.
> Antigo Mapa de Sefarad (atual Espanha)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sefarad
> Resumo histórico de Ciudad de Lucena
pt.wikipedia.org/wiki/Lucena_(Espanha)
> Origem dos Judeus da Família Lucena e sua Nobreza
http://www.brasa.org/Documents/BRASA_IX/Lucia-Guerra.pdf
Fonte de Pesquisa no Google: "A Família Lucena do Brasil à Cidade de Lucena na Espanha”.
> Vasco Fernandes de Lucena - Primeiro Lucena em solo Brasileiro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_Fernandes_Lucena
> Site da Soberana Casa Real Sefarad com informações e documentos históricos.
http://soberanacasarealsefaradi.webnode.com/arquivo-histor…/
Linhagem: LUCENA & VENTIMIGLIA
Princesa de Santo Mauro de Nápoles Dona Leonor Petronila de LUCENA y Ventimiglia. (Príncipes de Santo Mauro de Nápoles.)
Linhagem: O`DONNELL & LUCENA
BLANCA O`DONNELL Y DIAZ DE MENDONZA, 4 ª CONDESSA DE LUCENA.
Por volta de 1520-1530, Blanca O'Donnell y Diaz de Mendoza, 4 ª condessa de Lucena cujos os DESCENDENTES Blanca Saraiva de Lucena e Braz de Lucena aparece entre os ancestrais da Casa de Lucena. O Clã O`DONNELL é uma família antiga e monárquica de origem Irlandesa com grande tradição militar.
Consulta e Pesquisa: Da Cidade de Lucena na Espanha para o Brasil / Page 34 no Link:
O IRLANDÊS LEOPOLDO O`DONNELL Y JORRIS, 1º DUQUE DE TETUÁN E 1º CONDE DE LUCENA.
Leopoldo O'Donnell y Jorris (Santa Cruz de Tenerife, Canárias, 12 de Janeiro de 1809 - Biarritz, França, 5 de Novembro de 1867), Grande de Espanha, 1.º duque de Tetuán, conde de LUCENA e visconde de Aliaga, foi um militar e político espanhol. Presidiu ao Conselho de Ministros em 1856, em 1858-1863, e em 1865-1866, durante o reinado de Isabel II de Espanha. A sua família era de origem irlandesa, descendente de Calvagh O'Donnell, chefe do clã dos O'Donnell e chieftain de Tyrconnel em meados do século XVI.
Nasceu numa FAMÍLIA MONÁRQUICA IRLANDESA com grande tradição militar. O seu tio foi Enrique José O’Donnell, conde de La Bisbal. Leopoldo O'Donnell continuou a tradição familiar ingressando no Regimento de Infantaria Imperial Alejandro com o posto de sub-tenente.
Em 1839, é nomeado capitão general de Aragão, Valência e Múrcia. Ao VENCER o general CABRERA em LUCENA, foi-lhe concedido o título de CONDE DE LUCENA e ascendeu a tenente general.
Linhagem: FERNANDES (Z) & LUCENA
FERNANDES / FERNANDEZ: Português nome espanhol / patronímico de origem, filho de Fernando. O nome de Fernandes, vem a partir do sobrenome Frithunanths Alemão que significa ("frithu" [Paz] + "nanths" [ousados, corajosos]), com o sentido de ousadia em defesa da paz, latinizado em Fredenandus e, posteriormente, em Fernandus.
Um dos primeiros Fernandes Português que se tem notícia foi Diogo Fernandes, o 3 º Conde de Portucale até o ano 924. Filho Lucídio Vimaranes, 2 º Conde de Portucale (o primeiro foi seu pai, Vímara Peres), de seu casamento com Lucides Onega.
Outro ex-possuidor deste sobrenome Dom Ero Fernandes. Nascido em Lugo (a antiga povoação romana de Lucus Augusta Galiza) por volta do ano 865, foi o Conde de Lugo entre 895 e 926. Casado Adosinda, com quem teve os seguintes filhos: Contagem Don Godizindo Eris de Lugo e D. Teresa Eris (ou Ermesenda Eris), a mãe do último Palo Hermenegildo Gonçalves e Gonçalves Betote Betote).
Linhagem: ALVIM & LUCENA
D. Vasco Fernandez de Lucena I (Chefe da Casa de Lucena) casou-se com D. Violante de Alvim em 1410 aproximadamente.
IMPORTANTE SABER SOBRE A FAMÍLIA ALVIM
A esta família “ALVIM” pertencia a Condessa D. Leonor de Alvim, mulher do condestável D. Nuno Álvares Pereira, filha de João Pires de Alvim e de sua primeira mulher, D. Branca Pires Coelho, neta paterna de Martim Pires de Alvim e de sua primeira mulher, Margarida Pires Ribeiro, e, pela linha varonil, bisneta do referido Pedro Soares de Alvim. Entrou, pois, esta esclarecida linhagem nos Duques de Bragança, de onde se derivou a muitas casas ilustres e gerou a dinastia que, depois de 1 de Dezembro de 1640, reinou em Portugal, pelo que "Quase Todas as Casas Soberanas Europeias Têm Sangue dos Alvins".
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OS LUCENAS NA ORDEM DOS CAVALEIROS DE SANTIAGO
Dom Pedro de LUCENA e Lucena: O Primeiro Lucena na Ordem dos Cavaleiros de Santiago em 1641.
Lucena sobrenome de origem andaluz, sua casa original foi criada na cidade de Lucena, que recebeu o mesmo nome da família, na província de Córdoba. Tornou-se o nome de uma nobre família judaica que adotou este sobrenome quando da conversão forçada ao catolicismo. Eram chamados de cristãos novos.
Desde os tempos antigos é considerada uma linhagem nobre. Acredita-se que um de seus ramos surgiu a nova casa da cidade de Andujar (Jaén ) que deu origem a Dom Pedro de LUCENA e LUCENA, Natural de Andujar, que entrou na Ordem dos Cavaleiros de Santiago em 14 maio de 1641 .
Uma linha desta casa chegou a Lisboa e, em seguida, Andres Segovia, onde Antonio de Lucena e Rangel nasceu, e mais tarde também se tornou um Cavaleiro da Ordem de Santiago, em 1699.
A Ordem de Santiago foi fundada no ano de 1160 em León, no reinando de D. Fernando II, para defender os peregrinos que se reuniam no túmulo do Apóstolo Santiago em Compostela "Registrado no Arquivo Militar de Segovia" onde está registrada esta linhagem, entre os quais estão: José Lucena e Castela, do regimento de infantaria, ano de 1860, Luís Lucena e Navarro, cavalaria em 1853, José Lucena Galiano, da artilharia em 1874, e Antonio Lucena, da guarda civil em 1876; Antonio Lucena Gamendi, administation militar em 1868 e Antonio Pedrosa Lucena, da distinta infantaria em 1812.
Etimologicamente, o nome de Lucena vem da palavra basca "luce", que significa "longo" (referindo-se à terra), com o sufixo locativo "- ena", que significa "local", portanto, uma pessoa de sobrenome lucena era alguém que os membros de sua comunidade o identificavam como "indivíduo que vêm de longe".
Vale lembrar de Dom Francisco de Lucena, Comendador da Ordem de Cristo ( Português) e natural de Lisboa. Já Dom Fernando de Lucena foi Protonotário Apostólico de Castela sob Henrique IV e os Reis Católicos em 1474, sendo nomeado embaixador para o Rei da Inglaterra, Henrique VI, para tratar do casamento da princesa Elizabeth com o Príncipe de Gales.
Alguns pesquisadores acreditam que os Lucenas são originários de Lyon na França, de onde imigraram para Andaluzia dando seu nome a uma cidade que eles conquistaram (Ciudad de Lucena).
JOÃO DE LUCENA
Escritor português, nascido entre 1549 e 1550, em Trancoso, e falecido em 1600, em Lisboa. Oriundo de família fidalga, de origem andaluza, João de Lucena entrou, aos 15 anos, para a Companhia de Jesus, na cidade de Coimbra. Tornou-se, mais tarde, professor de Filosofia na Universidade de Évora, onde regeu durante um ano.
Em 1557, deixou Portugal para estudar Teologia em Roma. Regressou em 1581, dedicando-se à pregação na Casa Professa de São Roque em Lisboa. Foi pregador de notável sugestividade, mas desta atividade não nos deixou mais do que alguns sermões manuscritos, reunidos em seis volumes, que se encontram na Biblioteca de Évora.
A História da Vida do Padre Francisco de Xavier e do que fizeram na Índia os mais religiosos da Companhia de Jesus foi publicada em 1600 e reeditada em 1788. Diogo Barbosa Machado fala de um seu manuscrito incompleto - Comentários ao Evangelho de S. Mateus - que não chegou até nós.
As obras deste escritor jesuíta são consideradas clássicos da literatura portuguesa.
Site:
DOM VASCO FERNANDES DE LUCENA (V)
Vasco Fernandes Lucena foi um dos primeiros europeus a viver no Brasil, na capitania de Pernambuco. Nada se sabe de sua vida até o momento da chegada dos donatários que receberam no Brasil capitanias hereditárias, na década de 1530.
Ao desembarcar em Pernambuco para tomar posse de sua capitania, Duarte Coelho lá encontrou este português, casado com uma índia tabajara. Graças a ele a tribo da mulher renegou a aliança estabelecida com os franceses a fim de unir-se aos portugueses.
Em torno dele foi criado um mito. No momento da disputa pela preferência, quando os índios cercaram os colonos, Lucena teria discursado para a tribo, pedindo a adesão a Portugal e ameaçando os que preferiam os franceses com a morte, caso ousassem atravessar um risco que traçou no chão com a espada. Cinco teriam tentado e morrido fulminados por um raio. Por causa do milagre, o risco que traçou teria sido usado como base para a construção da principal igreja de Olinda.
HISTÓRICO DO SOBRENOME LUZ
Família espanhola provinda da “Casa de Lucena” pela baronia de Dom Vasco Fernandes de Lucena, castelhano, embaixador do Rei Dom Duarte no Concílio de Basiléia e seu Desembargador.
Família de origem espanhola, cujo sobrenome é oriundo da Casa dos Lucenas de Andaluzia e que foram chamados por sua forma atual devido à transliteração em apelido que se propagou em Portugal, onde foi fundada a Dinastia.
Foi pai de Dom Vasco Fernandes de Lucena II, grande letrado e embaixador do Papa, que foi casado com Dona Violante Alvim da Silva, filha de João Lopes de Azevedo, Senhor de São João Del Rey, Aguiar e Penna e de sua mulher Dona Leonor Leitão, com quem teve vários filhos e do qual proveio dessa linhagem Dom Fernão de Lucena II, protonotário apostólico em Castela no tempo de Dom Henrique IV e dos Reis Católicos Fernando e Dona Isabel, que o enviaram, no ano de 1475, como embaixador, à Inglaterra. Foi de sua irmã, a Sra. Dona Gracia de Lucena, casada com Dom Gomes de Albarado, que proveio o apelido “Da Luz”, por ser esta a senhora da Vila de Lucena pela dinastia do Conde de Salinas, que tinha ligações de casamento com a Casa de Marialba.
Mantiveram o uso do brasão tanto para uma como para outra dinastia. Usam por brasão um escudo azul, com um sol faceado de ouro, assentado sobre borda de prata carregada de oito cruzes florenciadas em verde.
BRASÃO: Família de origem espanhola, cujo sobrenome é oriundo da Casa dos Lucenas de Andaluzia e que foram chamados por sua forma atual devido à transliteração em apelido que se propagou em Portugal onde foi fundada a Dinastia. Usam por brasão um escudo azul com um sol faceado em ouro, assentado sobre uma borda de prata carregada de oito cruzes florenciadas em verde, conforme segue:
Fonte: Pesquisa extraída do Armorial Espanhol – Genealogia y Heráldica, edição de 1979 e do Armorial Lusitano, edição de 1961, páginas 267 a 269. Autenticada pelo selo do pesquisador.
OS LUCENAS DA ESPANHA PARA O NORDESTE
ESPANHA
A família Lucena foi uma das mais influentes entre os judeus conversos de Toledo na época da expulsão da Espanha em 1492. O avô desta família era o Mestre Martín de Lucena, o Macabeu, de quem o autor do Sebet Yehudá, R. Selomó ben Verga, afirma que era "um grande doutor e sábio de nossa estirpe" e o apresenta como um homem de bem para o seu povo, os judeus perseguidos.
Porém, a família Lucena náo conseguirá ao rigor da Inquisição. O filho de Martín, Juan de Lucena, terá que seguir em 1467 de Toledo junto con sua esposa e suas 6 filhas para Sevilla. Mesmo em Sevilla testemunharão contra ele perante a Inquisição o acusando de ser un homem que lia muitos livros com ensinamentos judaicos. Fugiu para o povoado de Montalbán, onde se dedicou a imprimir livros hebraicos, mais não conseguiu escapar de Roma, embora outros membros da familia emigram para Portugal. Suas filhas ficaram em Montalbán (Toledo) até serem convocadas pelos inquisidores de Toledo, sendo acusadas de preparar a carne segundo as leis judaicas, guardar o sábado e orar segundo a liturgia judia, com o rosto voltado diretamente para a parede. (http://www.proel.org/index.php?pagina=traductores%2Fluce)
PORTUGAL
Houve três irmãos no tempo dos Reis D. J.º o 1.º D. D.te e D. A.º 5º que vieram de Castela amarranados; (Alão de Morais).
1 Fernão Vasques de Lucena judeu natural de Andaluzia, Espanha. Pai de:
2 Vasco Fernandes de Lucena, cristão-novo abastado, do conselho de Dom Afonso V casou com Dona Violante de Azevedo de Alvim filha de João Lopes de Azevedo e de Leonor Leitão. Pais de:
3. Sebastião de Lucena que casou com sua prima Dona Maria de Vilhena, filha de Diogo de Azevedo. Pais de: Vasco Fernandes de Lucena. A seguir em Pernambuco.
PERNAMBUCO - BRASIL
4 Vasco Fernandes de Lucena que passou ao Brasil por Pernambuco, em 1535. Foi Al-caide-mor de Olinda. Casou com Brites Dias Correia. Pais de:
4.1. Francisco Fernandes de Lucena. Seus herdeiros em 1588: Maria de Lucena casou com Antonio da Costa Feio e Beatriz de Lucena casou com Miguel Pires Landim, mameluco.
4.2. Clara Fernandes de Lucena
4.3. Sebastião de Lucena de Azevedo que veio com o pai. Casou com Jerônima de Mesquita. Pais de:
5. Mateus de Freitas de Azevedo nasceu em 1567, casou com Maria de Herédia, cristã-nova. (TRONCO DOS LUCENAS PERNAMBUCANOS).
Mateus e Maria foram os pais de:
6. Clara de Azevedo que casou segunda vez com Antonio Malheiros de Melo. Pais de:
7. Sebastião de Lucena que viveu em Santo Amaro de Jaboatão, a que pertencia o distrito de Muribeca, casado com Joana de Macedo, de cujo matrimônio nasceram:
7.1 Antonio de Lucena, clerigo e outros de que não tenho notícia.(Borges da Fonseca).Um desses outros, provavelmente avô de Manoel Nogueira de Lucena, natural do mesmo local, que se estabeleceu em Mossoró/RN, na primeira metade do século XVIII.
CEARÁ / MOSSORÓ
1.Manoel Nogueira de Lucena, pernambucano de Muribeca, nascido em torno de 1700, veio com seus irmãos para o Jaguaribe (um dos irmãos se chamava Teobaldo Soares de Lucena, falecido em Mossoró em 1767 aos 70 anos). Em Russas casou com Firmiana Rosa dos Prazeres,filha de Francisco Ribeiro de Sousa (tambem de Muribeca) e de Maria Calado Rego natural de Ipojuca.
A tradição diz que Manoel Nogueira, ameaçado de confisco dos seus bens, por envolvimento em lutas, juntamente com seus parentes que eram todos os Nogueiras do Jaguaribe, foi obrigado a fazer uma venda fictícia dos seus bens, refugiando-se na Serra Mossoró, reavendo-os depois. No inventário de Manoel Carvalho de Lucena, casado com Ana de Gois, filha de Manoel, há uma discussão sobre uma escrava que teria sido dada por Manoel à sua filha, em tempo que lhe xegara a noticia que lhe querião secrestar todos os seus bens… e que parece documentar aquele fato citado. O inventário foi feito em 1773.O desentendimento marcante que houve envolvendo os Nogueiras no Jaguaribe, partiu das denúncias feitas pelo Cel.João de Barros Braga e que levaram, em 1721, à prisão de alguns membros daquela família.Por hipótese Manoel Nogueira de Lucena faria parte desse antigo clã do Jaguaribe, embora tendo nascido em Muribeca.
OBSERVAÇÃO:
a) Firmiana, não Femiana como está em literatura mossoroense.
b) Os ascendentes de Firmiana são novidade na genealogia dos nossos Lucenas. Contribuição de Vinícios Barros Leal.
Manoel e Firmiana foram os pais de:
2. Josefa Nogueira de Lucena que se casou com Alexandre de Souza Rocha.
Resenha do Termo de Casamento
Aos sete dias do mês de novembro de 1774, pelas dez horas do dia, no Sítio Ilha da Ribeira do Mossoró, Termo da Freguesia da Várzea do Apodí, onde são os nubentes fregueses, corridos os banhos na forma do sagrado Concílio Tridentino, justificando o nubente que vindo do Seridó, o seu natural, de menor idade, que me constou do mandamento de casamento do reverendo vigário da Vara que em meu poder fica, em presença do Pe. Frei Antonio da Conceição, de licença minha e das testemunhas abaixo assinadas, Francisco Ribeiro, solteiro, e Matias Aires, solteiros, moradores no Mossoró, pessoas de mim conhecidas e fregueses desta Matriz, se casaram solenemente por palavras de presente, Josefa Maria Calada, natural desta freguesia da Varzea do Apodí, moradores na serra do Mossoró, filha legítima do alferes Manuel Nogueira de Lucena, natural de Muribeca e de Femiana Rosa dos Prazeres, natural da freguesia de Russas, com Alexandre da Rocha, natural do Seridó, e moradores nesta freguesia da Várzea do Apodí, filho legítimo de Alexandre de Souza Rocha, e de Leocádia Barbosa Vasconcelos, naturais de Goiana, e logo se lhe deram as bênçãos conforme os ritos da Igreja, e para clareza de tudo, eu, o Padre João de Paiva, cura dessa Freguesia, fiz este termo que, com as testemunhas ambos assinei.