sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lauro Reginaldo da Rocha o herói

De João da Rocha Nogueira (João Bangú), e de sua mulher Januária Maria Nogueira surgiu a familia Reginaldo Rocha de Mossoró dentre os quais:
Bangu – Lauro Reginaldo da Rocha
Geraldo Maia
Era o nome de guerra do mossoroense Lauro Reginaldo da Rocha na história do
Partido Comunista Brasileiro. Foi operário, sindicalista, militante político,
secretário geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB) aos 24 anos de idade e
hóspede involuntário de várias prisões, onde viveu a experiência da violência até
o limite da tortura, tudo em nome de uma causa: a causa do proletariado
brasileiro. Há uma frase do grande líder Martin Luther King que diz: "O homem
que não descobriu uma causa pela qual possa morrer, não merece viver!" Lauro
Reginaldo da Roca (Bangu) viveu plenamente a sua causa.
Nasceu em Mossoró no dia 17 de agosto de 1908, sendo o último dos filhos de
uma família numerosa e pobre. Com menos de um ano de idade, perdeu o pai
vítima de uma infecção pulmonar. Estudou no Grupo Escolar 30 de Setembro,
tendo como professora D. Celina Guimarães, que vendo a dedicação do aluno,
passou a utilizá-lo como auxiliar no "desarmamento" dos mais atrasados.
Em fins da Primeira Guerra Mundial, deixou o Colégio 30 de Setembro e passou
a freqüentar a Escola Paulo de Albuquerque, da qual era professor seu irmão
mais velho, Raimundo Reginaldo da Rocha. Essa mudança gerou no menino
Lauro uma reviravolta completa, que influenciaria sua vida futura. O seu irmão e
professor, Raimundo, era filósofo e as suas aulas e palestras fascinavam o
irmão mais novo. "Nas suas aulas de educação, moral e cívica aprendi que o
benefício que se presta ao próximo só tem valor quando desprovido de
interesses ou segundas intenções." O professor Raimundo Reginaldo foi o
primeiro a lançar idéias marxistas-leninistas em Mossoró e incentivar os seus
irmãos a organizarem os primeiros núcleos do "partido da classe operária" em
terras nordestinas. Na revolução de 1935, ele lutou de arma na mão nas ruas de
Natal, ao lado de sua filha Amélia, de 16 anos de idade. Libertou todos os presos
da cadeia pública. E após a tomada do poder, distribuiu fartamente gêneros
alimentícios à população necessitada, em nome do Governo Revolucionário.
Lauro ingressou na Escola Normal de Mossoró de onde saiu professor em 1925,
com apenas 17 anos de idade. Mas não foi fácil freqüentar o curso. Para se
manter, teve que trabalhar muito. Pela manhã trabalhava na fábrica de cigarros
de Humberto Jovino ou na Hemetério Leite, o que lhe rendia alguns trocados
para as pequenas despesas. À tarde ia à escola. Como não podia comprar
livros, estudava com os colegas Raimundo Nonato, Mário Cavalcanti e Lauro da
Escóssia.
Se as dificuldades da vida não influenciaram no seu desenvolvimento intelectual,
o mesmo não se pode dizer do desenvolvimento físico. Tornou-se uma figura
pequena, de uma fragilidade física marcante, tímida e extremamente modesta.
Mesmo assim desempenhou formas diversas da luta pela sobrevivência: foi
pintor de parede, agricultor, professor e tipógrafo.
Com apenas 15 anos, juntamente com seu irmão Raimundo Reginaldo, criou a
primeira célula da Juventude Comunista em Mossoró, no ano de 1925. Entre os
anos de 1929 e 1931, estava em Fortaleza/CE reorganizando o Partido
Comunista local. Com 24 anos foi eleito secretário geral do Partido Comunista
do Brasil, e como tal integrou uma comitiva que participou de um congresso em Moscou.
Pagou um preço muito alto por sua luta em prol do proletariado: prisões, torturas,
a Ilha Grande, que era considerada o pior dos presídios, fome, sede, etc. Mas
nada o fez mudar de idéia. Continuou lutando, enquanto dele o partido precisou.
Como dizia Machado de Assis: "A vida sem luta é um mar morto no centro do
organismo universal!"
Lauro Reginaldo da Rocha morreu no dia 4 de abril de 1991, aos 83 anos de
idade, consciente de ter dedicado a vida a uma causa justa. Viveu e lutou por um
ideal, e sua luta não foi em vão. Lauro "transcendeu sua condição individual,
para, generosamente, empenhar sua vida na realização da utopia de uma
sociedade justa".
www.dhnet.org.br

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Família Camboa

Antonio Secundes Filgueira (Totô Filgueira),nascido em Mossoró,falecido em Natal a 16 de abril de 1952 . Intendente em 1899/1901,ex-chefe do Executivo mossoroense nos triêncios 1902/1904 e 1905/1907,cargo que exercia cumulativamente com o de Presidente da Intendência , tendi sido fatos importantes e principais de sua administração,a reforma do mercado público da cidade que custou aos cofres municipais em 1907 a importância de Cr$ 37.517,00, a restauração do serviço de iluminação com aquisição de 60 lampeões pela importância de Cr$ 2.350,00 e a inauguração da estátua comemorativa da Abolição,na praça da Redenção,a30 de Setembro de 1904. Durante seus períodos administrativos verificou-se o fato do rio Mossoró ter passado trinta meses sem que a água corresse em todo o seu leito de 60 léguas,fato este aliás,considerado assombroso para a época e para a região assolada que esteve por uma grande seca.
Antônio Secundes Filgueira,integrava a Guarda Nacional no posto de Tenente Coronel , sendo seu comandante nesta cidade. Exerceu atividades comerciais em Mossoró e em Natal,para onde se transferiu em 1913. Era casado com Ismênia Galvão Filgueira( Vidinha), de quem descendem vários filhos.

Família Camboa